O termo autoestima faz referência ao olhar que destinamos a nós mesmos, a relação que estabelecemos com a nossa aparência, ao valor que nos atribuímos e a nossa satisfação com o nosso modo de ser, de pensar e de agir.
É como se a autoestima fosse um combo entre autoimagem, autoaceitação, autoconfiança, autovalorização, autocuidado e autoamor. Você sabe qual é a diferença entre essas palavras? Vou descrever aqui para você:
Autoimagem é uma palavra que diz sobre a representação que você tem de si mesmo. Fala do modo como nos percebemos. Por exemplo, se agora eu pedisse para você se olhar no espelho, ou colocar o seu celular na função self e descrever para mim quem é essa pessoa que você vê, que palavras você usaria para se descrever? Essa é a sua autoimagem. E ela pode influenciar bastante na sua postura corporal, no modo como você se relaciona e também na forma como você toma suas decisões.
Outro termo importante para pensarmos a nossa autoestima é autoaceitação, que se refere a maneira como você se sente em relação a si mesmo, a partir da consciência das suas falhas e virtudes, defeitos e qualidades. Todos nós erramos e acertamos muitas vezes, todos nós temos falhas e virtudes, mas a forma como lidamos com elas pode ser bem diferente. Algumas pessoas não se permitem errar, e como os erros fazem parte do nosso dia a dia, elas vivem brigando com elas mesmas, como se fossem seu principal inimigo. E você, como avalia seu processo de autoaceitação? Ele também está presente nos seus erros e defeitos?
Agora vamos seguir com a autoconfiança que é uma palavra que diz sobre a sensação de segurança que você constrói em relação si. Constrói? Sim, isso mesmo. A confiança é um processo que precisa ser construído, ele envolve apostas constantes. Isso quer dizer que a cada vez que eu me arrisco em algo que é importante para mim, estou também buscando construir uma segurança em relação as minhas habilidades de fazer algo ou no que se refere a minha capacidade de lidar com as situações. Você tem confiado em você o bastante para arriscar-se naquilo que deseja?
Seguimos agora com mais uma palavra presente no combo da autoestima: a autovalorização que fala da sua capacidade de dar importância ao que é seu, de atribuir valor a si mesmo. No processo de autovalorização mora o que entendemos merecer, e por este motivo ele influencia bastante os limites que estabelecemos no relacionamento com os outros. Os tratamentos que aceitamos ou recusamos estão intimamente relacionados ao valor que nos atribuímos diante destas relações.
Qual é o seu valor? Como poderia descrever a importância que você tem dado a si mesmo e aquilo que deseja? O nosso processo de autovalorização também mora no tempo que dedicamos às coisas que de fato fazem diferença no nosso dia. Esse é um ponto tão importante que ele vai respingar nos próximos processos que abordaremos a seguir: autocuidado e autoamor.
Autocuidado é um termo que faz referência a estar atento às próprias necessidades e disponível para fazer movimentos para cuidar daquilo que precisa. É interessante lembrar que, em geral, o esforço de dedicar um tempo para cuidar de algo é proporcional ao valor que lhe atribuímos. Então deixo aqui para você pensar: Como você tem conduzido seu autocuidado? Você vê alguma relação entre o seu processo de autocuidado e o valor que costuma atribuir ao que lhe pertence?
Por fim vamos ao autoamor, nossa capacidade de dedicar amor a nós mesmos. Isso acontece quando você é capaz de eleger o melhor para si e se sentir merecedor daquilo. Você consegue se sentir merecedor do melhor? Ou sempre acha que o outro merece mais usufruir daquilo do que você?
Como mencionei no início deste texto a autoestima é um combo que envolve tudo isso, portanto as suas respostas a algumas dessas perguntas serão bons balizadores para que você consiga avaliar como anda a sua autoestima e entender que aspectos precisam ser trabalhados aí na relação que tem construído consigo mesmo.
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